Olhos de Deus
Eu queria olhar nos olhos de Deus
Para ver onde foram os sonhos meus!
Eu queria olhar nos olhos de Deus
e saber se Ele também já sofreu...
... como eu
... como eu
Minha adolescência é uma Coca no MacDonald’s
Minha inocência é uma gota de sangue num mar de esmalte
Minha adolescência é uma Coca no MacDonald’s
Minha inocência é uma rosa que explode num espinho de um cactos
Há uma noite sombria dentro de mim
E o sol-esperança está longe daqui
Há um imenso vazio dentro de mim
Gerado por tudo que eu não vivi...
... que eu não vivi...
(refrão)
Meus ideais eram fruto de uma utopia
Que se frustaram em sua mente vazia
As minhas drogas eram parte de uma torrente
Que desaguou em um mundo doente (em um mundo doente...)
Eu bem que tentei me encontrar... (em algum lugar...)
Mas o homem no espelho não era mais eu
Eu bem que tentei me encontrar... (em algum lugar...)
Mas já era tarde demais...
... tarde demais...
Letra e Música: Rodolfo Pamplona Filho (1990)
Blog para ler e pensar... Um texto por dia... é a promessa... Ficarei muito feliz em ler e saber o que cada palavra despertou... Se você quiser compartilhar um texto, não hesite em mandar para rpf@rodolfopamplonafilho.com.br. Aqui, não compartilho apenas os meus textos, mas de poetas que eu já admiro e de todas as pessoas que queiram viajar comigo na poesia... Se quiser conhecer somente a minha poesia, acesse o blog rpf-poesia.blogspot.com.br. Espero que goste... Ficarei feliz com isso...
sábado, 23 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Química Bélica
Química Bélica
Pílulas de Césio
Gás mostarda, Bomba H
Divisão do átomo
Bomba de nêutrons, Reator Nuclear
Química nas armas
Legalmente não se pode usar
Mas por que proibiram
Se o certo mesmo seria não matar?
Chenobyl, Goiânia
Será que existe vida inteligente na Terra?
Hiroshima, Nagasaki
Será que existe vida inteligente na Terra?
A Geléia Napalm
Injeção de Cianeto: morte indolor
A chuva amarela
Gás cianídrico: morte por dor
Do veneno de Lucrécia Borja
Ao gás mostarda do Halabja
O gás da morte na Índia
Química e vida tornam-se nada!
(Refrão)
“Decididamente não compreendo por que é mais glorioso bombardear uma cidade assediada do que assassinar alguém a machadadas!”
(Raskólnikof, em “Crime e Castigo”, de Dostoiévsky)
Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Jorge Pigeard
1988
Pílulas de Césio
Gás mostarda, Bomba H
Divisão do átomo
Bomba de nêutrons, Reator Nuclear
Química nas armas
Legalmente não se pode usar
Mas por que proibiram
Se o certo mesmo seria não matar?
Chenobyl, Goiânia
Será que existe vida inteligente na Terra?
Hiroshima, Nagasaki
Será que existe vida inteligente na Terra?
A Geléia Napalm
Injeção de Cianeto: morte indolor
A chuva amarela
Gás cianídrico: morte por dor
Do veneno de Lucrécia Borja
Ao gás mostarda do Halabja
O gás da morte na Índia
Química e vida tornam-se nada!
(Refrão)
“Decididamente não compreendo por que é mais glorioso bombardear uma cidade assediada do que assassinar alguém a machadadas!”
(Raskólnikof, em “Crime e Castigo”, de Dostoiévsky)
Letra: Rodolfo Pamplona Filho
Música: Jorge Pigeard
1988
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Azul Profundo
Azul Profundo
Rodolfo Pamplona Filho
A conjunção das variáveis
solares, físicas e angulares
faz surgir o inacreditável
Entender que a luz altera
o tom e a cor que encanta
na transição do verde para o anil
Mergulhar no azul profundo
como a água do Caribe
ou o mar de Maceió
Planar no seu céu
como no vôo de Ícaro
ou Gagarin no espaço
Descobrir o seu eclipse
que não esconde os seus caminhos
nem nubla seu horizonte
Desvendar o seu mistério,
o destino do seu segredo
a força de todo o desejo
De onde vem este encanto
que entorpece ao encontrar
que inebria sem embebedar?
Qual é o sentido da existência
de viver toda uma vida
sem conhecer os olhos de... ?
Ciudad Real, 09 de setembro de 2008
Rodolfo Pamplona Filho
A conjunção das variáveis
solares, físicas e angulares
faz surgir o inacreditável
Entender que a luz altera
o tom e a cor que encanta
na transição do verde para o anil
Mergulhar no azul profundo
como a água do Caribe
ou o mar de Maceió
Planar no seu céu
como no vôo de Ícaro
ou Gagarin no espaço
Descobrir o seu eclipse
que não esconde os seus caminhos
nem nubla seu horizonte
Desvendar o seu mistério,
o destino do seu segredo
a força de todo o desejo
De onde vem este encanto
que entorpece ao encontrar
que inebria sem embebedar?
Qual é o sentido da existência
de viver toda uma vida
sem conhecer os olhos de... ?
Ciudad Real, 09 de setembro de 2008
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Ciudad Real
Ciudad Real
Em Ciudad Real, se reuniu
um grupo como há muito não se viu,
cada um de um lugar diferente,
formando um todo de boa gente.
A maior figura, sem espanto,
É o decano Cláudio, do Espírito Santo,
que não tem problema em descer o pau
em FHC e seu projeto neo-liberal.
Da Paraíba, vem, com alegria,
o vice-decano processualista Ubiratan,
que só não ganha na simpatia
da Sofia, que é a campeã.
Mateus vem de Fortaleza
e é a criatura mais gente boa do mundo!
Divertido e companheiro, com certeza,
É a alegria do grupo e da galera do fundo.
Do Rio Grande do Sul, veio a Patrícia
Cujos olhos e sorriso são uma carícia.
Como alguém tão bonita pode ser tão legal?
Adotei-a como “brother” com amor fraternal...
A querida Anne vem de Alagoas
E, sem dúvida, é uma pessoa adorável,
parceira de risadas das boas,
de ginástica e de uma viagem agradável.
A doce Lizziane vem de Santa Catarina
E trazer uma visão positiva é sua sina.
Virou nossa Miguelita Hacker brilhante,
Minha amiga atleta, meu grilo falante...
A estudiosa Suzy vem de Tocantins
e vive com saudade do “namorido”
Quer aproveitar o curso ao máximo
Para voltar logo ao seu querido...
De Mato Grosso do Sul, descobrimos Fátima,
a colega que conhece tudo da Europa
Sempre com uma dica muito prática,
É a mais viajada e viajante da tropa.
Da capital do Brasil, veio Rossifran,
o colega que mais gosta de Madrid,
animado, atencioso e solidário,
parece ter nascido para viver aqui.
E que figura é o Márcio Granconato?
Com sua maneira de falar sério o que seria gaiato
Taí um companheiro legal da terra da garoa,
que, apesar de corinthiano, é muito gente boa!
De Dianópolis, lá no meio do infinito,
vem meu amigo fashion Márcio Brito,
Perspicaz, sincero e bonito,
É um paraibano tocantinense do agito.
O Rio de Janeiro montou uma embaixada
Sem dúvida, pela Gláucia liderada,
Nossa tradutora oficial de espanhol,
Uma amiga na chuva ou no sol.
Criatura cool é o Otávio Calvet,
Outro ilustre membro deste comitê,
Topa tudo e tudo vê
Somente para a Nina e a Nanda rever
Completa o trio a linda Roberta
Que vi num nocaute involuntário no trem,
Uma mulher inteligente, de mente aberta,
Que encanta por ser uma pessoa do bem.
E esta turma conta com um membro honorário fiel,
que é o meu anjo da guarda Manoel,
o cearense do Maranhão que mora no Piauí,
que conquista a todos com seu jeito “estamos aí”.
Outro agregado pelo coração
É o sempre presente Mestre Aloísio,
Alguém que participa de tudo com atenção
E que ensina a todos com seu juízo...
E o que dizer, de verdade,
da Mercedes e seu jeito “delicado”?
Foi assim, sem querer e sem vontade
entrando, de coração, em nosso quadro.
Toda a turma é comandada pelo Baylos Grau,
Que é a cara do Nuno Leal Maia
E tem no amigo Paco seu parceiro ideal,
para que o curso não morra na praia...
Espero encontrar todos ano que vem
Para dar um abraço a quem só quero bem
Definitivamente, partir agora é uma maldade...
pois, de Ciudad Real, somente levo saudade...
Ciudad Real, 30 de setembro de 2008
Em Ciudad Real, se reuniu
um grupo como há muito não se viu,
cada um de um lugar diferente,
formando um todo de boa gente.
A maior figura, sem espanto,
É o decano Cláudio, do Espírito Santo,
que não tem problema em descer o pau
em FHC e seu projeto neo-liberal.
Da Paraíba, vem, com alegria,
o vice-decano processualista Ubiratan,
que só não ganha na simpatia
da Sofia, que é a campeã.
Mateus vem de Fortaleza
e é a criatura mais gente boa do mundo!
Divertido e companheiro, com certeza,
É a alegria do grupo e da galera do fundo.
Do Rio Grande do Sul, veio a Patrícia
Cujos olhos e sorriso são uma carícia.
Como alguém tão bonita pode ser tão legal?
Adotei-a como “brother” com amor fraternal...
A querida Anne vem de Alagoas
E, sem dúvida, é uma pessoa adorável,
parceira de risadas das boas,
de ginástica e de uma viagem agradável.
A doce Lizziane vem de Santa Catarina
E trazer uma visão positiva é sua sina.
Virou nossa Miguelita Hacker brilhante,
Minha amiga atleta, meu grilo falante...
A estudiosa Suzy vem de Tocantins
e vive com saudade do “namorido”
Quer aproveitar o curso ao máximo
Para voltar logo ao seu querido...
De Mato Grosso do Sul, descobrimos Fátima,
a colega que conhece tudo da Europa
Sempre com uma dica muito prática,
É a mais viajada e viajante da tropa.
Da capital do Brasil, veio Rossifran,
o colega que mais gosta de Madrid,
animado, atencioso e solidário,
parece ter nascido para viver aqui.
E que figura é o Márcio Granconato?
Com sua maneira de falar sério o que seria gaiato
Taí um companheiro legal da terra da garoa,
que, apesar de corinthiano, é muito gente boa!
De Dianópolis, lá no meio do infinito,
vem meu amigo fashion Márcio Brito,
Perspicaz, sincero e bonito,
É um paraibano tocantinense do agito.
O Rio de Janeiro montou uma embaixada
Sem dúvida, pela Gláucia liderada,
Nossa tradutora oficial de espanhol,
Uma amiga na chuva ou no sol.
Criatura cool é o Otávio Calvet,
Outro ilustre membro deste comitê,
Topa tudo e tudo vê
Somente para a Nina e a Nanda rever
Completa o trio a linda Roberta
Que vi num nocaute involuntário no trem,
Uma mulher inteligente, de mente aberta,
Que encanta por ser uma pessoa do bem.
E esta turma conta com um membro honorário fiel,
que é o meu anjo da guarda Manoel,
o cearense do Maranhão que mora no Piauí,
que conquista a todos com seu jeito “estamos aí”.
Outro agregado pelo coração
É o sempre presente Mestre Aloísio,
Alguém que participa de tudo com atenção
E que ensina a todos com seu juízo...
E o que dizer, de verdade,
da Mercedes e seu jeito “delicado”?
Foi assim, sem querer e sem vontade
entrando, de coração, em nosso quadro.
Toda a turma é comandada pelo Baylos Grau,
Que é a cara do Nuno Leal Maia
E tem no amigo Paco seu parceiro ideal,
para que o curso não morra na praia...
Espero encontrar todos ano que vem
Para dar um abraço a quem só quero bem
Definitivamente, partir agora é uma maldade...
pois, de Ciudad Real, somente levo saudade...
Ciudad Real, 30 de setembro de 2008
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Desestruturação Produtiva
Desestruturação Produtiva
Rodolfo Pamplona Filho
Eu não sei mais quem é meu chefe
Eu não sei mais quem é meu patrão
Recebo ordens de todos os lados
Mas não sei quem me dá o pão...
Já fui parte da organização:
o orgulho da minha seção,
mas a tal reengenharia
alterou a filosofia...
Falam de flexibilização
Em um mundo globalizado
Só que deixaram todos na mão
sem olhar para o lado...
Realmente tudo na China
é produzido mais barato.
Vendem aqui mesmo na esquina
Sem se ater a um simples fato
Que o que nos leva a ser feliz
é ter uma vida normal
e não ser aprendiz
de um dumping social
Todo o sistema mudou...
Não faz sentido falar em nação...
Graças a isso, virei consumidor
não sou mais povo, nem cidadão
A mídia nos transformou em público,
que pagou e quer o serviço
não se fala mais em direito,
nem se pensa em compromisso...
A era do emprego já passou...
O que se quer é flexsegurança
Em que consumido eu é que sou
E o Estado cuide dos que não têm esperança...
Por que subordinação, e não dependência?
Quem disse que necessidade é indecência?
Por que cada um cuidar do seu e nada mais?
E, depois, o Estado é que exclui os marginais...
O espelho precisa realmente se quebrar
e se converter em um multifacetado cristal
para olhar o outro sem repúdio ou pesar
e recuperar aqueles que sofrem o mal
Já mudei de nome várias vezes,
como mudo de empresa em poucos meses
Fui temporário, estagiário,
Cooperado, terceirizado
Já fui PJ, já fui parceiro
Fui colaborador, já fui meeiro
Fui precário, em experiência
Fui autônomo ou outra crença
Fui mobília da casa, tombado,
Membro da família, agregado
Dependente ou parassubordinado,
só não deixei de ser explorado...
Ciudad Real, 16 de setembro de 2008
Rodolfo Pamplona Filho
Eu não sei mais quem é meu chefe
Eu não sei mais quem é meu patrão
Recebo ordens de todos os lados
Mas não sei quem me dá o pão...
Já fui parte da organização:
o orgulho da minha seção,
mas a tal reengenharia
alterou a filosofia...
Falam de flexibilização
Em um mundo globalizado
Só que deixaram todos na mão
sem olhar para o lado...
Realmente tudo na China
é produzido mais barato.
Vendem aqui mesmo na esquina
Sem se ater a um simples fato
Que o que nos leva a ser feliz
é ter uma vida normal
e não ser aprendiz
de um dumping social
Todo o sistema mudou...
Não faz sentido falar em nação...
Graças a isso, virei consumidor
não sou mais povo, nem cidadão
A mídia nos transformou em público,
que pagou e quer o serviço
não se fala mais em direito,
nem se pensa em compromisso...
A era do emprego já passou...
O que se quer é flexsegurança
Em que consumido eu é que sou
E o Estado cuide dos que não têm esperança...
Por que subordinação, e não dependência?
Quem disse que necessidade é indecência?
Por que cada um cuidar do seu e nada mais?
E, depois, o Estado é que exclui os marginais...
O espelho precisa realmente se quebrar
e se converter em um multifacetado cristal
para olhar o outro sem repúdio ou pesar
e recuperar aqueles que sofrem o mal
Já mudei de nome várias vezes,
como mudo de empresa em poucos meses
Fui temporário, estagiário,
Cooperado, terceirizado
Já fui PJ, já fui parceiro
Fui colaborador, já fui meeiro
Fui precário, em experiência
Fui autônomo ou outra crença
Fui mobília da casa, tombado,
Membro da família, agregado
Dependente ou parassubordinado,
só não deixei de ser explorado...
Ciudad Real, 16 de setembro de 2008
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Infortunistica
Infortunística
Rodolfo Pamplona Filho
Trabalho porque preciso
Trabalho para sobreviver
Trabalho porque estou vivo
Trabalho para comer
Trabalho porque gosto...
E por que o meu rosto
não é mais o mesmo
depois de tanto tempo?
Não falo da velhice...
Não falo da tristeza...
Falo da perda do ânimo...
Falo da minha natureza
que se alquebrou
por sentir dor
em fazer aquilo que eu sei,
a única coisa que sei fazer..,
Lembro o dia do acidente
Lembro do choro e do pavor
de imaginar terminar minha vida
como um filme de terror
Não é mais sustento que está em jogo,
nem meu emprego, de verdade,
o que sinto perder pouco a pouco
é o que me resta de dignidade...
Praia do Forte, 17 de outubro de 2010.
domingo, 17 de outubro de 2010
Amigo
Amigo
Rodolfo Pamplona Filho (2001)
“Amigo é o pai ou o irmão, que a gente elege pelo coração;
é alguém para dividir o pão, o sonho, a lágrima e a canção;
é aquele que abraça com vontade, sem medo de falar sempre a verdade.
E mesmo que isso não seja lá muito agradável,
também é saber dizer não com um sorriso amável.
É alegrar-se com a vitória e consolar na derrota...
É perguntar como está e aguardar a resposta...
É partilhar a risada, o ombro e o ouvido...
Esse é o sentido da palavra AMIGO.”
Rodolfo Pamplona Filho (2001)
“Amigo é o pai ou o irmão, que a gente elege pelo coração;
é alguém para dividir o pão, o sonho, a lágrima e a canção;
é aquele que abraça com vontade, sem medo de falar sempre a verdade.
E mesmo que isso não seja lá muito agradável,
também é saber dizer não com um sorriso amável.
É alegrar-se com a vitória e consolar na derrota...
É perguntar como está e aguardar a resposta...
É partilhar a risada, o ombro e o ouvido...
Esse é o sentido da palavra AMIGO.”
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